Som no Blog

Uma das coisas mais divertidas que a internet traz para a música é a proximidade dos fãs com a informação, que antes era segregada aos xiitas. Agora você também pode descobrir aquela gravação especial de três anos atrás da sua banda preferida, naquele show histórico...

Nessas brincadeiras descobri, graças a um amigo daqui da redação, um dos documentos musicais mais legais de todos: o filme de Let it Be, dos Beatles. Trata-se da parca filmagem das sessões do álbum homônimo, de 1970, que mostra os quatro senhores de Liverpool dando vida ao que seria a última gravação em estúdio dos Beatles juntos, antes da separação.

Let it Be é o grande filme perdido dos Beatles, e um dos primeiros "concert films" da história. Nele, os fab four são mostrados em três momentos distintos: as primeiras sessões de gravação nos estúdios Twickenham, em Londres; no estúdio da Apple, também em Londres; e o lendário show no telhado do prédio da Apple, sem aviso, agitando a cidade. Na tela, John, Paul, George e Ringo vendendo carisma, com seus instrumentos básicos – baixo, bateria, guitarras, um piano ou órgão Hammond. Mas todas as cenas são permeadas pela vista de um grupo no fim. Depois de algum tempo, os Beatles se separariam por várias diferenças criativas, e o resto é história.

Por isso que Let it Be, além de ser um retratro cru de uma banda no estúdio (concepção perfeita imitada até hoje), também é um retrato casual e caótico (de verdade) do fim da banda. Mesmo se você não é fã de Beatles, vai querer espiar o vídeo, uma obra que explica muito das composições da pop music mundial atualmente.

Na internet você acha facilmente o filme em DivX, e até em DVD (eu tenho!). Mas oficialmente só foi lançado em VHS e LD, na década de 80. Ele é o que chamamos de bootleg, ou seja, lançamentos não-oficiais compilados por fãs. Por sinal, um DVD oficial é muito aguardado pelos beatlemaníacos. Mas existe uma grande controvérsia sobre o relançamento desse filme por conta de como ele foi feito. Se quiser, entenda melhor esta questão no texto de Claudio Teran sobre o filme, esclarecedor.