Você já leu todo o oba-oba em cima da volta dos Mutantes e tal... O primeiro show aconteceu na segunda-feira, no centro cultural Barbican, em Londres. Já tem trecho de gravação no YouTube (meu rei!), veja aí um tantinho.
Dizem que foi muito bacana. Como eles só vem pra cá em 2007 (se vierem) e o DVD desse show só sai no fim do ano, tem chão até lá.
Ia eu pra casa, esses dias, e me deparei com uma molecada voltando do show do 1º de maio, na av. Paulista. O metrô ficou abarrotado de gente com faixa na cabeça, purpurina e camisetas da banda Calypso.
Assustou, de começo. Mas depois fiquei tentando entender o fenômeno. Já tinha ouvido a banda, graças ao rádio da cozinha e ao gosto de mamãe por sons nortistas. Mas aquela legião de fãs para uma banda do Pará é coisa pra caramba. Isso se você contar que os grandes meios de comunicação só acordaram pra coisa toda bem depois, quando os shows da banda já custavam bem caro. Aliás, você já viu uma barraquinha de DVDs piratas que não tenha DVD da banda Calypso? Eu não.
Calypso não é forró, antes de tudo. É uma banda de calypso, ou seja, uma mistura de ritmos originais do Caribe com ritmos regionais do Pará. Muita gente confunde com o forró porque a linha atual dos forrozeiros lembra muito o calypso, com estilizações pop. Pode ser qualificado como brega, mas esse é um rótulo muito controverso.
Esse tipo de som reina na parte periférica da cidade. Lá, existe uma divulgação alternativa de cultura quase tão incontrolável quanto a que acontece com conteúdo na web. Um exemplo tosco, mas eficiente: Tiririca. O palhaço estourou no país inteiro com "Florentina", que chegou às grande capitais através de fitinhas K-7 comercializadas nos grandes centros.
E é surpreendente a escala de sucesso que a banda alcançou. Não há como negar que a vocalista e dançarina Joelma tem muito carisma no palco. Não é o tipo de som que me agrada, mas é o que eu mais vou ouvir nas minhas férias, em Natal (RN). Lá o sucesso da banda é muito grande.
Alías, vou divulgar por aqui os sons que rolam em Natal (a cidade...) durante minhas férias. Pena que vou "fora de época", pois o festival MADA já passou...
Por isso que eu gosto de descobrir sons novos. É sempre tanta coisa legal que até reanima.
Minha nova paixão desta semana é a banda Eagles of Death Metal. Calma, não é o metaaaaaaaaaal. É o mais puro hard rock sacana e divertido. Graças à dupla Josh Homme (vocalista do Queens of the Stone Age, aqui em projeto paralelo) e Jesse Hughes. Josh é mais um membro intinerante, mas que é uma das boas explicações ao som do grupo.
A comédia toda já começa do porquê do nome da banda. Vai vendo: segundo os caras, é uma resposta a um bêbado que falou que o Poison era death metal (é, bem bêbado). Aí, Josh lançou: "xara, eles são é os Eagles (a banda do Hotel California, lembra?) do death metal". Hum... sonoro, não?
Em 2006 os caras lançaram o segundo álbum, Death By Sexy. E eu tô me deleitando com a primeira faixa, "I Want You So Hard (Boy's Bad News)". Lembra o Queens, claro, mas é outra coisa aqui. Você percebe que é menos sisudo e mais descompromissado. Como todo bom rock de garagem.
Assiste aí um clipe deles (eu amo o YouTube, eu sei...). Justamente da música que falei. E tenta achar mais um certo "vocalista de banda ex-baterista de banda de grunge" e um "ator gordinho engraçado americano" no vídeo...
Ah, falando em reanimação... passagens compradas. Minhas férias chegam em julho, e vou pro Rio Grande do Norte, desvendar os mistérios das músicas e das redes (trançadas) potiguares. Natal, aí vou eu e meu MP3 player... :)
A edição de hoje do jornal inglês The Independent foi editada pelo líder do U2. Uma tacada de mestre que vai repassar todo o dinheiro arrecadado com a venda do jornal para o combate à AIDS, na África. Interessante observar a mudança do jornal com o vermelho bem ressaltado. Muito bem aplicado e bacana.
A maioria dos destaques de toda a edição foram para temas ligados à África, mas o editorial fala sobre o presidente Lula. No texto, Bono faz aquela análise superficial do governo brasilieiro e do "gerenciamento sólido da economia". Porém, cita a onda de violência que varreu São Paulo nos últimos dias e alerta que o otimismo com as perspectivas do Brasil poderão ser reduzidas. “Em escala, ferocidade e escolha de alvos, esses assaltos coordenados apresentaram um desafio direto para a autoridade do Estado.”
É bom saber que apesar da idolatria de Bono com Lula, existe uma visão macro dos acontecimentos no país. Assim, não ficamos só conhecidos como a nação em progresso, mas também a nação em perigo. A verdade, no final, não ficou de fora desta edição.
Além do editor convidado, os amigos também vieram. Na edição, tem matérias assinadas por The Edge (guitarrista do U2), Bob Geldof (músico e ativista do Live 8) e até da secretária de Estado dos EUA, Condolezza Rice (!!), elegendo suas músicas prediletas (!!!).
Hoje nem clima pra música tinha. Procurei algo pra ouvir. A única coisa mais bacana foi uma música do Neil Young chamada "Don't Let it Bring You Down". Depois de entender a letra, achei bem propícia ao momento atual, de pavor. Não deixe se abater por isso. Mas não dê sopa pro azar.
Ah, as amostras de sons e músicas são meramente para divulgação. Todos os direitos
são reservados aos seus respectivos donos. Num processa nós não, tá?